sexta-feira, 16 de janeiro de 2009

Relações Bióticas (teoria)

Factores bióticos

As interacções que os seres vivos de um ecossistema estabelecem entre si permitem a manutenção de populações estáveis, sem que se esgotem, geralmente, os recursos necessários para a sua sobrevivência. Nas relações que se estabelecem entre os seres vivos de uma comunidade, podemos considerar relações interespecíficas, aquelas que ocorrem entre seres vivos de espécies diferentes, e relações intra-específicas, as que ocorrem entre seres vivos da mesma espécie. Assim, existem relações favoráveis (+), desfavoráveis (-) e de indiferença (O) entre os seres vivos envolvidos.


I - Relações interespecíficas

As relações entre seres vivos de espécies diferentes são, na sua maioria, de carácter trófico (alimentar) ou defensivo, e classificam-se em função dos benefícios ou dos prejuízos que causam nos indivíduos implicados.

Predação

A predação é uma relação com benefício para um dos seres vivos (predador) em que o outro (presa) é prejudicado
(interacção +/-). O predador mata a presa para se alimentar.

Competição

A competição é uma relação na qual dois seres vivos competem pelos mesmos recursos alimentares, pelo território, luz ou algo que se encontra em quantidade insuficiente para assegurar a sobrevivência de ambos (interacção -/-). Nesta relação, os organismos intervenientes são designados competidores e prejudicam-se mutuamente. A predação e a competição são, talvez, as relações bióticas mais importantes como factores reguladores da densidade populacional. Em conjunto, contribuem para evitar a formação de superpopulações que comprometam o equilíbrio dos ecossistemas.
Por exemplo, a predação, por estranho que pareça, acaba por beneficiar as populações predadas porque os predadores, geralmente, caçam os animais mais frágeis ou doentes, impedindo, deste modo, que as doenças se propaguem. Além disso, contribui para que sejam os animais mais aptos a reproduzirem-se.

Parasitismo

O parasitismo é uma relação na qual um dos seres vivos é beneficiado (parasita) e o outro (hospedeiro) é prejudicado (interacção +/-). O parasita, de menor dimensão, alimenta-se à custa do hospedeiro. No entanto, da relação de parasitismo não resulta a morte imediata do hospedeiro.

Cooperação

A cooperação é uma relação facultativa em que ambos os seres vivos intervenientes beneficiam (interacção +/+)


Mutualismo

O mutualismo é uma relação em que ambos os seres vivos intervenientes beneficiam e são largamente dependentes um do outro, embora possam também sobreviver de forma independente (interacção +/+). Quando a associação é obrigatória e indissociável, isto é, a sobrevivência de ambas as espécies só é garantida se permanecerem intimamente ligadas, diz-se que as espécies vivem em simbiose (interacção +/+).

Comensalismo

O comensalismo é uma relação na qual um dos seres vivos intervenientes beneficia (comensal) e o outro não é afectado (interacção +/0).

Amensalismo

O amensalismo é uma relação na qual um dos seres vivos intervenientes é prejudicado e o outro não é afectado (interacção -/O).


II - Relações intra-específicas

Este tipo de relações condiciona as possibilidades de sobrevivência dos indivíduos da mesma espécie. Existem na Natureza vários exemplos de seres vivos que vivem em grandes agrupamentos.

Cooperação

A cooperação intra-específica é uma relação em que os indivíduos contribuem para o benefício do grupo. Por vezes, os seres vivos da mesma espécie vivem intimamente ligados e, em geral, a separação de um indivíduo do grupo determina a sua morte. O conjunto de indivíduos organizados desta forma designa-se colónia. Existem, ainda, grupos de indivíduos da mesma espécie com uma organização social especialmente desenvolvida, não ligados anatomicamente e que cooperam através de estímulos recíprocos. Esta associação é designada sociedade. Em todas as sociedades há uma hierarquia social, em que cada indivíduo ocupa um lugar determinado.


Competição
A competição intra-específica é uma relação em que os indivíduos actuam para garantir a sobrevivência individual e não contribuem para o bem comum. Geralmente, ocorre quando os recursos são escassos.


Canibalismo
O canibalismo é uma relação em que um indivíduo mata outro (da mesma espécie), alimentando-se dele. O canibalismo é considerado, pelos investigadores, a manifestação suprema da competição intra-específica. As interacções bióticas contribuem para a selecção natural. Geralmente, são preservadas as formas de vida melhor adaptadas ao meio ambiente e desaparecem os indivíduos com menor vigor adaptativo. A reprodução, o tempo e a morte são essenciais para a evolução dos seres vivos na Terra.

Em suma, o equilíbrio dos ecossistemas resulta da interacção dinâmica que existe entre os seres vivos e destes com os factores físicos e químicos do meio ambiente. Este equilíbrio regula a circulação de matéria e energia nos ecossistemas.

(retirado de http://sites.google.com/site/geologiaebiologia/Home/oitavo-ano/interaccoes-seres-vivos---ambiente)

Relações Intra-específicas

Relações Bióticas (2)

Relações Ecológicas

Relações Bióticas

Relações bióticas - Relações intra e interespecifica

quarta-feira, 7 de janeiro de 2009

Projecto Conectando Mundos - "Efeito Borboleta"

Objectivos gerais do Conectando Mundos

- Favorecer o diálogo Intercultural entre alunos e alunas de diferentes realidades sociais e geográficas.
- Promover um espaço de trabalho cooperativo, através das Tecnologias da Informação e da Comunicação (TIC), que possibilite o conhecimento mútuo, a partilha de diferentes realidades e a descoberta de problemas comuns, baseando-se no lema “pensa globalmente, actua localmente”.
- A partir da reflexão sobre o nossa realidade e sobre a realidade dos/as restantes participantes, consciencializar acerca das causas que fazem com que a maioria da população mundial não possa satisfazer as suas necessidades básicas e careça de oportunidades, elaborando em conjunto uma proposta-compromisso para mudar esta situação.


Objectivos específicos da edição Conectando mundos: Efeito borboleta

- Adquirir uma visão global sobre os impactos (ambientais, sociais e económicos) dos nossos estilos de vida e dos modelos de desenvolvimento, mostrando a insustentabilidade dos modelos actuais e a necessidade de impor limites ao crescimento.
- Reflectir sobre os precedentes e sobre as consequências do consumo excessivo das fontes de energia não renováveis e dos meios de transporte poluentes.
- Demonstrar o desigual acesso à energia e ao transporte que existe entre os diferentes países do mundo.
- Fomentar acções e condutas (individuais e colectivas) de consumo responsável de energia e de mobilidade sustentável, assim como acções de denúncia e de pressão colectiva.

Para mais informações consultar:
http://www.conectandomundos.org/index.asp?id=4&cont=2


Começamos as actividades no dia 16 de Fevereiro!!

Uploaded on authorSTREAM by arturmelo

Próximo Concurso em que vão participar (disciplina de Geografia)

Concurso 2008/09: As Histórias das Cheias em Portugal

Contexto
As cheias constituem fenómenos naturais, não totalmente evitáveis, que podem provocar perdas de vidas, deslocação de populações e danos ao ambiente, comprometendo gravemente as actividades económicas. Por outro lado, as cheias podem também fornecer riqueza e recurso necessário ao desenvolvimento da sociedade.

As cheias em Portugal correspondem à catástrofe natural mais frequente e à segunda mais mortífera. É, portanto, desejável reduzir as suas consequências prejudiciais recorrendo a diversas medidas, que só terão o impacto desejável quando aplicadas em conjunto.
Recentemente foi aprovada a Directiva 2007/60/CE do Parlamento Europeu e do Conselho relativa à Avaliação e Gestão dos Riscos de Inundação, que impulsionará o aumento do nosso conhecimento quanto aos recursos hídricos, nomeadamente em relação ao fenómeno extremo das cheias.
O INAG propõe-se promover o conhecimento deste fenómeno, impactos no passado, presente e futuro, e a sensibilização da responsabilidade da sociedade através da elaboração de trabalhos subordinado ao tema “AS HISTÓRIAS DAS CHEIAS EM PORTUGAL”, onde se pretende o envolvimento dos jovens estudantes e docentes na análise e recolha de informação relacionada com as cheias em Portugal, vistas por exemplo pelos parentes mais idosos ou memórias dos lugares onde vivem.


Grupo Alvo
O concurso tem como grupo alvo alunos que frequentam 2º e 3º Ciclos do ensino Básico e ensino Secundário. Os trabalhos a concurso poderão ser individuais ou colectivos (grupo composto no máximo de três jovens). Os trabalhos apresentados a concurso deverão recorrer às novas tecnologias na poupança, na reutilização e na divulgação do conhecimento relacionado com o uso inteligente do recurso água.

Entrega
A entrega ou o envio dos trabalhos para o Instituto da Água, por correio ou por e-mail, é da responsabilidade dos concorrentes. Cada trabalho deverá conter a identificação completa dos autores (nome, morada, telefone e e-mail).
Caso o trabalho seja elaborado no âmbito de uma escola este deverá conter, para além da identificação completa dos autores, a identificação da escola e dos professores que auxiliaram a sua elaboração.
Os trabalhos apresentados em suporte de papel (por exemplo cartazes) não deverão exceder as dimensões do formato A0 (largura 841mm e altura de 1189mm).

Calendário
Os trabalhos deverão ser enviados até ao final de Fevereiro de 2009 para o Instituto da Água, I.P.. O resultado do concurso será divulgado no dia 13 de Março de 2009, através do portal http://snirh.pt/junior.


Os participantes ao concurso deverão efectuar uma pré-inscrição, via e-mail (snirh@inag.pt), até ao final de Janeiro de 2009, permitindo deste modo efectuar uma melhor organização do evento público associado à divulgação dos trabalhos apresentados ao concurso.

Júri
Os trabalhos apresentados a concurso serão apreciados por um júri constituído por um elemento da Presidência do Instituto da Água e por dois elementos do Departamento de Monitorização e Sistemas de Informação do Domínio Hídrico (DMSIDH) do Instituto da Água, IP (INAG).

Prémio
Os trabalhos serão todos premiados com brindes do INAG. Serão distinguidos dois trabalhos colectivos e dois trabalhos individuais, que terão apresentação pública e divulgação via Internet.
Os vencedores do concurso terão direito a passar um dia em contacto com o Sistema Nacional de Informação de Recursos Hídricos (actividades de gabinete e campo).

Algumas Sugestões:
1- Propor medidas para minimizar os prejuízos causados pelas cheias e simultaneamente preservar o ambiente. Por exemplo não ocupar as margens dos cursos de água com depósito de materiais inutilizados (produção de desperdícios), que poderão por exemplo conter produtos tóxicos provocando poluição, ou propor a utilização destes espaços para espaços livres, jardins sem infra-estruturas complexas, ciclo vias etc..


2- Propor e desenvolver meios de divulgação inovadores das boas práticas de utilização do território de forma a possibilitar o convívio com as cheias e até tirar partido da sua ocorrência (blogues temáticos, cartazes, esculturas, slogans, músicas, filmes, peças de teatro etc.).


3- Construir uma Base de Dados simplificada, isto é, Base de Dados Jovem (Água Nova), utilizável pelas escolas, cujo objectivo é compilar dados e informações relacionadas com a água, provenientes das diversas zonas do país, incluindo aspectos associados às cheias em Portugal. Possibilidade de posterior divulgação via Internet.


4- Utilizar o projecto RIOS para recolher informação de campo relevante para permitir, por exemplo, delimitar zonas inundáveis pela ocorrência de Cheias.


5- Estudar a evolução das populações associado aos cursos de água, associada à variabilidade das disponibilidades hídricas (cheias e escassez de água).

Copiado de: http://snirh.pt/junior/index.php?menu=3.11


Uploaded on authorSTREAM by arturmelo